Bem vindo ao Sistema de Ensino Invictus

blog-img

A ENFERMAGEM NO CUIDADO AO ADOLESCENTE COM HIV

Em 1980, o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ganhou grande proporção e notoriedade em relação à comunidade científica. Foi uma década marcada pelo fato do HIV ser uma doença grave e fatal, onde duas de suas vias de transmissão eram associadas à exposição sexual e uso de drogas ilícitas. Mesmo após 40 anos, pesquisas mostram que a Aids continua sendo um grande desafio para a saúde pública. (MIYADA, 2017).

O indivíduo com HIV não tem só sua saúde física afetada, mas também sua vida emocional, social e sexual. Os fatores podem ser individuais, culturais, sociais e emocionais, relacionados com o impacto do diagnóstico, tratamento e convivência com a doença crônica. (MIYADA, 2017).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infecção pelo HIV é um dos principais fatores de mortalidade entre adolescentes em todo o mundo. A epidemia de Aids entre adolescentes e jovens, nos últimos 30 anos, é um desafio para os profissionais de saúde, tanto na prevenção de novos casos, como no tratamento da doença. (BRASIL, 2014).

Na adolescência, a não adesão às medidas de prevenção para infecção sexualmente transmissível (IST) e o HIV, vinculados ao início da vida sexual, envolvendo-se em comportamentos de experimentação arriscada, tornam esta população mais suscetível às ISTs. Estes agravos, além do fator emocional, provocam lesões e inflamações nas mucosas e na pele ao redor dos genitais e aumentam a probabilidade de infecção pelo HIV cerca de dez vezes. (COSTA, et. al., 2013).

Os profissionais de saúde devem adotar um olhar mais universal ao atendimento do adolescente que possui necessidades próprias da idade. Este deve visar as demandas desse grupo como as sociais (pertinentes à necessidade que possuem em se relacionarem), culturais e demográficas para que o cuidado seja realizado de forma integral, abandonando a ideia de que o cuidado se restringe tão somente a terapêuticas e exames laboratoriais, facilitando o cuidado ao adolescente de forma ampliada..

As estratégias da equipe de enfermagem são indispensáveis no intuito de respeitar o processo de cuidado, particularmente quando experimentam as peculiaridades uma infecção como o HIV, crônica e incurável. Nesta premissa, a enfermagem não só requer técnicas específicas, mas também profissionais capazes de desenvolver uma visão mais ampla do cuidado holisticamente. (ISOLDI, et. al., 2017).

É de responsabilidade de todos os profissionais de saúde a abordagem da sexualidade em sua terapêutica. O assunto deve ser inserido nas práticas de educação em saúde com os adolescentes criando ações educativas acerca da Aids, desmistificando tópicos relacionados à doença, abordando temáticas como sexualidade e emancipação do indivíduo.

A assistência da enfermagem pode melhorar a qualidade de vida de pessoas com Aids, cabendo a mesma fornecer uma intervenção estratégica para que o profissional atue nos pontos sensíveis desse paciente, sempre estando atento às suas necessidades,além de fornecer apoio emocional.